Geraldo Magela da Cruz Quintão

Geraldo Magela da Cruz Quintão
Geraldo Magela da Cruz Quintão
2.º Ministro da Defesa do Brasil
Período 24 de janeiro de 2000 até 1° de janeiro de 2003
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Élcio Álvares
Sucessor(a) José Viegas Filho
Advogado-Geral da União do Brasil
Período 6 de julho de 1993
até 24 de janeiro de 2000
Presidente Itamar Franco
Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Tarcísio Carlos de Almeida Cunha
Sucessor(a) Gilmar Ferreira Mendes
Dados pessoais
Nascimento 1 de julho de 1935 (88 anos)
Taquaraçu de Minas
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Esposa Dineuza[2]
Profissão Advogado

Geraldo Magela da Cruz Quintão GCMM (Taquaraçu de Minas, 1 de julho de 1935) é um advogado brasileiro. Foi ministro da Defesa e advogado-geral da União.[3]

Carreira de advogado

Em 1961 concluiu o curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Foi advogado do Banco do Brasil de 1963 a 1977. Até 1988 foi subassessor jurídico regional e chefe da assessoria jurídica regional no Estado de São Paulo. Em 1988, assumiu a consultoria jurídico geral do banco, onde permaneceu até 1993.[3]

Advocacia-Geral

Em 1993 foi convidado pelo presidente Itamar Franco para criar a Advocacia-Geral da União (AGU) e em 6 de julho assume o cargo de Advogado-Geral da União. Até aquele momento, o Governo vinha acumulando débitos judiciais decorrentes de sucessivas derrotas nos tribunais e, aplicando a experiência da iniciativa privada, mudou radicalmente o perfil e a própria estrutura da AGU[4].

Conforme os levantamentos feitos, de 1995 até 1998, a economia gerada pela AGU ao Governo foi em torno de R$ 7,9 bilhões só com ações que eram dadas como perdidas. Mesmo assim, Geraldo Quintão enfrentou críticas, algumas bastante severas. Permaneceu na AGU, mesmo com a eleição de Fernando Henrique Cardoso. Seu papel foi decisivo na batalha jurídica que se travou em torno das privatizações de estatais. Permaneceu no cargo até 24 de janeiro de 2000.[4]

Quando advogava para empresas, meus clientes viravam um leão antes de pagar alguma coisa. Por que seria diferente com o Governo? É preciso enterrar de vez o velho conceito segundo o qual a União é como a viúva perdulária, sobretudo quando se trata de dinheiro público. Isto acabou.

Ministério da Defesa

Quintão sendo recepcionado por William Cohen em 2000.

Em 24 de janeiro de 2000 sai da Advocacia-Geral da União para assumir o Ministério da Defesa, em substituição ao ministro Élcio Álvares.

Ele assumiu o ministério já com problemas. Integrava a lista de autoridades a serem processadas pelo Ministério Público federal pelo uso indevido de aviões da FAB. No seu período à frente da AGU, levantou vôo 219 vezes em aeronaves chapa-branca, em geral, para São Paulo, onde mora a esposa, Dineuza[5].

O ministério da Defesa, ainda estava em processo inicial (criado em 10 de julho de 1999, tinha pouco mais de 6 meses), com os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica preferindo um militar da reserva. Ele era desconhecido na caserna e tinha pouca intimidade com os ritos dos quartéis. Além disso, era autor do parecer favorável à venda de ações da Embraer a um consórcio francês, o que desagradava a Aeronáutica[5].

Quintão é uma indicação minha e vai fazer no ministério da Defesa apenas o que eu quiser."

Admitido à Ordem do Mérito Militar em 1994 no grau de Grande-Oficial especial por Itamar Franco, Quintão foi promovido em março de 2000 por FHC ao último grau da ordem, a Grã-Cruz.[6][1]

Permaneceu no ministério até o final do governo Fernando Henrique Cardoso em 1 de janeiro de 2003.[3]

Prêmios[3]

Referências

  1. a b c BRASIL, Decreto de 30 de março de 2000.
  2. a b Veja Online; Alexandre Secco (26 de janeiro de 2000). «Militares para quê?». Consultado em 2 de junho de 2008  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
  3. a b c d Academia Brasileira de Ciências; Ordem Nacional do Mérito Científico. «Geraldo Magela da Cruz Quintão». Consultado em 2 de junho de 2008  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
  4. a b c Revista Consultor Jurídico; Bartolomeu Rodrigues e Míriam Moura (8 de outubro de 1998). «A viúva não é mais a mesma». Consultado em 2 de junho de 2008  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
  5. a b Época Online; Leandro Fortes. «Élcio falou demais». Consultado em 2 de junho de 2008  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
  6. BRASIL, Decreto de 29 de julho de 1994.

Ver também

Ligações externas

«Academia Brasileira de Ciências - Geraldo Magela da Cruz Quintão» 

Precedido por
Tarcísio Carlos de Almeida Cunha
Advogado-Geral da União do Brasil
1993 — 2000
Sucedido por
Walter do Carmo Barletta
Precedido por
Élcio Álvares

2º Ministro da Defesa do Brasil

2000 — 2003
Sucedido por
José Viegas Filho
  • v
  • d
  • e
Vice-presidente
Nenhum (1992–1995)
Itamar Franco, 33.º Presidente do Brasil
Ministérios
Aeronáutica
Lélio Viana Lobo (1992-1995)
Agricultura e Abastecimento
Ciência e Tecnologia
José Israel Vargas (1992–1995)
Comunicações
Cultura
Antônio Houaiss (1992–1993) • Jerônimo Moscardo (1993) • Luiz Roberto Nascimento Silva (1993-1995)
Indústria, Comércio e Turismo
José Eduardo de Andrade Vieira (1992–1993) • Ailton Barcelos Fernandes (1993–1994) • Élcio Álvares (1994–1995)
Educação
Fazenda
Gustavo Krause (1992) • Paulo Roberto Haddad (1992–1993) • Eliseu Resende (1993) • Fernando Henrique Cardoso (1993–1994) • Rubens Ricupero (1994) • Ciro Gomes (1994–1995)
Justiça
Meio Ambiente
Fernando Coutinho Jorge (1992–1993) • Rubens Ricupero (1993–1994) • Henrique Brandão Cavalcanti (1994–1995)
Minas e Energia
Paulino Cícero de Vasconcellos (1992–1993) • José Israel Vargas (1993–1994) • Alexis Stepanenko (1994) • Delcídio do Amaral (1994-1995)
Planejamento
Paulo Roberto Haddad (1992–1993) • Yeda Crusius (1993) • Alexis Stepanenko (1993–1994) • Beni Veras (1994-1995)
Previdência Social
Antônio Britto (1992–1993) • Sérgio Cutolo dos Santos (1993–1995)
Relações Exteriores
Fernando Henrique Cardoso (1992–1993) • Celso Amorim (1993–1995)
Saúde
Jamil Haddad (1992–1993) • Saulo Moreira (1993) • Henrique Santillo (1993–1995)
Trabalho e Emprego
Walter Barelli (1992–1994) • Mozart de Abreu e Lima (1994) • Marcelo Pimentel (1994–1995)
Transportes
Alberto Goldman (1992–1993) • Margarida Coimbra do Nascimento (1993–1994) • Rubens Bayma Denys (1994–1995)
Secretarias
(ligadas à
Presidência)
Secretaria-Geral
Mauro Durante (1993–1995)
Órgãos
(ligados à
Presidência)
Advocacia-Geral da União
José de Castro Ferreira (1993) • Alexandre de Paula Dupeyrat Martins (1993) • Geraldo Magela da Cruz Quintão (1993-1995)
Banco Central
Gustavo Loyola (1992-1993) • Paulo Ximenes (1993) • Pedro Malan (1993–1994)
Casa Civil
Henrique Hargreaves (1992-1993) • Tarcísio Carlos de Almeida Cunha (1993–1994) • Henrique Hargreaves (1994–1995)
Estado-Maior das Forças Armadas
Antônio Luiz Rocha Veneu (1992-1993) • Arnaldo Leite Pereira (1993–1995)
← Gabinete Fernando Collor (1990–1992) • Primeiro gabinete de Fernando Henrique Cardoso (1995–1999) →
  • v
  • d
  • e
Primeiro gabinete de Fernando Henrique Cardoso (1995–1999)
Vice-presidente
Marco Maciel (1995–1999)
Fernando Henrique Cardoso, 34.º Presidente do Brasil
Ministérios
Administração Federal e
Reforma do Estado
Luiz Carlos Bresser-Pereira (1995–1999) • Cláudia Costin (interina) (1995–1999)
Aeronáutica
Agricultura e Abastecimento
José Eduardo de Andrade Vieira (1995–1996) • Arlindo Porto (1996–1998) • Francisco Turra (1998–1999)
Ciência e Tecnologia
José Israel Vargas (1995–1999)
Comunicações
Coordenação de Assuntos Políticos
Luiz Carlos Santos (1996–1998)
Cultura
Francisco Weffort (1995–1999)
Desenvolvimento Agrário
Raul Jungmann (1996–1999)
Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Dorothea Werneck (1995–1996) • Francisco Dornelles (1996–1998) • José Botafogo Gonçalves (1998)
Educação
Paulo Renato Souza (1995–1999)
Esporte
Pelé (1995–1999) • Rafael Greca (1999)
Fazenda
Pedro Malan (1995–1999)
Justiça
Nelson Jobim (1995–1997) • Milton Seligman (1997) • Iris Rezende (1997–1998) • José de Jesus Filho (1998) • Renan Calheiros (1998–1999) •
Meio Ambiente
Gustavo Krause (1995–1999)
Minas e Energia
Planejamento e Orçamento
José Serra (1995–1996) • Antônio Kandir (1996–1998) • Paulo de Tarso Almeida Paiva (1998–1999) • Pedro Parente (1999) • Martus Tavares (1999)
Previdência Social
Reinhold Stephanes (1995–1998) • Waldeck Ornelas (1998–1999)
Reforma Institucional
Relações Exteriores
Luiz Felipe Lampreia (1995–1999)
Saúde
Adib Jatene (1995–1996) • José Carlos Seixas (1996) • Carlos Albuquerque (1996–1998) • José Serra (1998–1999)
Trabalho e Emprego
Paulo de Tarso Almeida Paiva (1995–1998) • Antônio Anastasia (interino) (1998) • Edward Joaquim Amadeo Swaelen (1998–1999)
Transportes
Odacir Klein (1995–1996) • Alcides Saldanha (1996–1997) • Eliseu Padilha (1997–1999)
Turismo
Dorothea Werneck (1995–1996) • Francisco Dornelles (1996–1998) • José Botafogo Gonçalves (1998) • Rafael Greca (1999)
Secretarias
(ligadas à
Presidência)
Comunicação Social
Roberto Muylaert (1995) • Sérgio Amaral (1995–1999)
Direitos Humanos
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Secretaria-Geral
Órgãos
(ligados à
Presidência)
Advocacia-Geral da União
Geraldo Magela da Cruz Quintão (1995–1999)
Banco Central
Pérsio Arida (1995) • Gustavo Loyola (1995–1997) • Gustavo Franco (1997–1999)
Casa Civil
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Estado-Maior das Forças Armadas
Gabinete de Segurança Institucional
← Gabinete de Itamar Franco (1992–1995) • Segundo gabinete de Fernando Henrique Cardoso (1999–2003) →
  • v
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  • e
Segundo gabinete de Fernando Henrique Cardoso (1999–2003)
Vice-presidente
Marco Maciel (1999–2003)
Fernando Henrique Cardoso, 34.º Presidente do Brasil
Ministérios
Agricultura e Abastecimento
Ciência e Tecnologia
Comunicações
Cultura
Francisco Weffort (1999–2003)
Defesa
Élcio Álvares (1999–2000) • Geraldo Magela da Cruz Quintão (2000–2003)
Desenvolvimento Agrário
Raul Jungmann (1999–2002) • José Abrão (2002–2003)
Desenvolvimento,
Indústria e Comércio
Celso Lafer (1999) • Clóvis Carvalho (1999) • Alcides Lopes Tápias (1999–2001) • Sérgio Amaral (2001–2003)
Educação
Paulo Renato Souza (1999–2003)
Esporte
Rafael Greca (1999–2000) • Carlos Melles (2000–2002) • Caio Cibella de Carvalho (2002–2003)
Fazenda
Pedro Malan (1999–2003)
Integração Nacional
Fernando Bezerra (1999–2001) • Ramez Tebet (2001) • Ney Suassuna (2001–2002) • Mary Dayse Kinzo (2002) • Luciano Barbosa (2002–2003)
Justiça
Renan Calheiros (1999) • José Carlos Dias (1999–2000) • José Gregori (2000–2001) • Aloysio Nunes (2001–2002) • Miguel Reale Júnior (2002) • Paulo de Tarso Ramos Ribeiro (2002–2003)
Meio Ambiente
Sarney Filho (1999–2002) • José Carlos Carvalho (2002–2003)
Minas e Energia
Planejamento e Orçamento
Pedro Parente (1999) • Martus Tavares (1999–2002) • Guilherme Gomes Dias (2002–2003)
Previdência Social
Waldeck Ornelas (1999–2001) • Roberto Brant (2001–2002) • José Cechin (2002–2003)
Relações Exteriores
Luiz Felipe Lampreia (1999–2001) • Celso Lafer (2001–2003)
Saúde
José Serra (1999–2002) • Barjas Negri (2002–2003)
Trabalho e Emprego
Francisco Dornelles (1999–2002) • Paulo Jobim Filho (2002–2003)
Transportes
Eliseu Padilha (1999–2001) • Alderico Lima (interino) (2001–2002) • João Henrique de Almeida Sousa (2002–2003)
Turismo
Rafael Greca (1999–2000) • Carlos Melles (2000–2002) • Caio Cibella de Carvalho (2002–2003)
Secretarias
(ligadas à
Presidência da
República)
Comunicação Social
Andrea Matarazzo (2001–2002) • João Roberto Vieira da Costa (2002–2003)
Direitos Humanos
José Gregori (1999–2000) • Gilberto Vergne Saboia (2000–2001) • Paulo Sérgio Pinheiro (2001–2003)
Secretaria-Geral
Aloysio Nunes (1999–2001) • Arthur Virgílio Neto (2001–2002) • Euclides Scalco (2002)
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Advocacia-Geral da União
Geraldo Magela da Cruz Quintão (1995–1999)
Banco Central
Gustavo Franco (1997–1999) • Armínio Fraga (1999–2003)
Casa Civil
Clóvis Carvalho (1995–1999)
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