Furacão Patricia

Furacão Patrícia
Furacão maior categoria 5 (SSHWS/NWS)
imagem ilustrativa de artigo Furacão Patricia
Furacão Patrícia em 23 de outubro de 2015.
Formação 20 de outubro de 2015
Dissipação 24 de outubro de 2015

Ventos mais fortes sustentado 1 min.: 345 km/h (215 mph)
Pressão mais baixa 872 mbar (hPa); 25.75 inHg

Fatalidades 8 diretas, 5 indiretas[1][2]
Danos US$ 462,8 milhões[3]
Áreas afectadas Costa mexicana do Oceano Pacífico, América Central e Texas (EUA)
Parte da Temporada de furacões no Pacífico de 2015
editar Consulte a documentação da predefinição.

Furacão Patricia foi o ciclone tropical mais intenso já observado no hemisfério ocidental do Oceano Pacífico Ocidental da Terra em termos de pressão barométrica e o mais forte a nível mundial em termos de velocidade de ventos sustentados máximos medidos de forma confiável.[4] Ele impactou a costa mexicana do Pacífico, além de ter causado efeitos secundários em outras regiões, como países da América Central e no Texas, Estados Unidos. Centenas de milhares de pessoas foram diretamente afetadas pela tempestade, principalmente no México, onde seis mortes foram atribuídas ao fenômeno.[1]

Formação

Originário de uma perturbação que se alastrou perto do Golfo de Tehuantepec, em meados de outubro de 2015, o Patricia foi classificado em 20 de outubro como uma depressão tropical, com um desenvolvimento inicial lento, sendo que um fortalecimento modesto foi registrado no primeiro dia de sua classificação. O sistema mais tarde se tornou uma tempestade tropical e foi nomeado Patricia, a vigésima quarta tempestade nomeada da temporada de 2015 de furacões no Pacífico. Com condições ambientais excepcionais alimentadas pela intensificação explosiva em 22 de outubro, um olho bem definido desenvolveu-se dentro de um intenso centro denso e o Patricia cresceu de uma tempestade tropical para um furacão de categoria 5 em apenas 24 horas.[5]

Intensidade

A taxa de intensificação foi maior que a de qualquer outro furacão já registrado no Pacífico na era de satélites artificiais (1960-presente) - apenas o furacão Linda, em 1997, fortaleceu-se a uma taxa semelhante. O precursor do Patricia produziu chuvas e inundações generalizadas na América Central.

Durante o período de 24 horas, entre 4h00 CDT (22h00 UTC) da quinta-feira (22 de outubro) e 4h00 CDT (22h00 UTC) da sexta-feira (23 de outubro), o furacão Patricia evoluiu de categoria 1, com velocidades de 85 mph (137 km/h), para categoria 5, atingindo velocidades de 200 mph (322 km/h). No mesmo período, a pressão no centro do furacão teve uma redução de 0,980 bar (735 mmHg) para 0,880 bar (660 mmHg), uma queda de pressão extrema, sem precedentes na história moderna.[4][6]

Produção de antimatéria

Estudos realizados pela Universidade da Califórnia em Santa Cruz para analisar a produção de raios gama pelo olho do furacão detectaram a presença de pósitrons, que é a antipartícula do elétron, porém não souberam identificar sua procedência, suspeitando de que foram produzidos por um relâmpago. Já a produção de raio X e raio gama também detectados no furacão, foram causados pela colisão de elétrons em alta velocidade, e são bastante comuns em tempestades com raios.[7]

Ver também

Referências

  1. a b «6 Deaths in Mexico linked to Hurricane Patricia». Fox Nes Latino. EFE. Consultado em 25 de outubro de 2015. Arquivado do original em 27 de outubro de 2015 
  2. «Patricia effect: Texas deluged, flash floods smash Houston». Java Studio Arsitek. javastudioarsitek.com. Consultado em 25 de outubro de 2015. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2015 
  3. Pierre-Marc René, Raul Torres, Juan Cervantes, and Angel Arrieta (25 de outubro de 2015). «Reportan afectaciones en 4 estados por 'Patricia'». El Universal (em espanhol). Cidade do México. Consultado em 25 de outubro de 2015  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  4. a b Dennis Mersereau (23 de outubro de 2015). «At 200 MPH, Hurricane Patricia Is Now the Strongest Tropical Cyclone Ever Recorded». The Vane. Gawker Media. Consultado em 23 de outubro de 2015 
  5. BBC, ed. (23 de outubro de 2015). «Como Patricia se transformou em furacão 'nuclear' em questão de horas». Consultado em 24 de outubro de 2015 
  6. Do G1 (24 de outubro de 2015). «Furacão Patricia enfraquece, mas ainda é 'extremamente perigoso'». Globo.com. G1. Consultado em 24 de outubro de 2015 
  7. Ryan F. Mandelbaum (23 de maio de 2018). «A Recent Hurricane Shot a Bolt of Antimatter Toward Earth». Gizmodo. Consultado em 31 de maio de 2018 

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Furacão Patricia
  • The National Hurricane Center's advisory archive for Hurricane Patricia
  • The National Hurricane Center's advisory graphics archive for Hurricane Patricia
  • ReliefWeb for Hurricane Patricia
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Pacífico NoroestePacífico NordesteAtlântico NorteÍndico NorteRegião AustralianaPacífico SulAtlântico SulSudoeste Índico

Tufão Tip
1979 · 870 hPa

Furacão Patricia
2015 · 872 hPa

Furacão Wilma
2005 · 882 hPa

Ciclone de Orissa
1999 · 912 hPa

Ciclones Gwenda e Inigo
1999 & 2003 · 900 hPa

Ciclone Winston
2016 · 884 hPa

Furacão Catarina
2004 · 972 hPa

Ciclone Gafilo
2004 · 895 hPa

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Lista de furacões no Pacífico de categoria 5
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