Francisco Barreto de Meneses

Francisco Barreto
Francisco Barreto de Meneses
Retrato por Feliciano de Almeida, c. 1673–1675 (Galleria degli Uffizi)
Nascimento 1616
Peru
Morte 21 de janeiro de 1688 (72 anos)
Ocupação Administrador colonial

Francisco Barreto de Meneses (Peru, 1616 — 21 de janeiro de 1688) foi um militar e administrador colonial luso-brasileiro.

Biografia

Nasceu à época da união das coroas ibéricas, pois seu pai era português e o comandante da Praça de Callao.

Valoroso militar, foi escolhido para comandar as tropas luso-brasileiras na Insurreição Pernambucana, que expulsou do Nordeste os holandeses.

Regressou à metrópole para participar na Guerra da Restauração, assumindo responsabilidades de capitão-de-cavalos na defesa da região alentejana.[1][2]

De novo no Brasil, em 1647, foi promovido a "Mestre-de-Campo-General" que dirigiu o "Exército Libertador ou Patriota" de 2,5 mil homens, integrado por 4 Terços, comandados por João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias e Antônio Filipe Camarão, vencendo os holandeses nas memoráveis Batalha dos Guararapes, em 1648 e 1649, pelo que recebeu o título de "Restaurador de Pernambuco".

Foi um dos fundadores da Tricentenária Venerável Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos do Recife, a mais antiga do Brasil, no ano de 1654, em forma de promessa, por ter conseguido expulsar os holandeses do Brasil. Embrião das Forças Armadas do Brasil.

Foi Governador de Pernambuco e posteriormente, de 18 de junho de 1657 a 21 de julho de 1663, Governador-Geral do Brasil, sucedendo ao Conde de Atouguia D. Jerónimo de Ataíde.[carece de fontes?]

Em 6 de agosto de 1661 foi assinado o Tratado de Paz entre Portugal e a Holanda, pelo qual Portugal prometia uma indenização de 4 milhões de cruzados a serem pagos em 16 anos, 250 mil cruzados por ano, em dinheiro ou em açúcar, sal e tabaco, porque a Holanda «perdera» Pernambuco: Este Tratado da Haia legitima a perda da maioria das Colônias Portuguesas no Oriente e repercutiu numa política estatal de transformar a economia da Amazônia, estimulando cultivo de espécies asiáticas e nativas, ampliando a importação de africanos, o que só se desenvolverá sob as práticas Colbertistas de Pombal. Com o problema da sucessão espanhola, mais tarde, a Inglaterra usaria a dívida portuguesa, não paga, para pressionar Lisboa, como em 1697.[carece de fontes?]

Coube a Francisco Barreto de Meneses organizar uma expedição de Bandeirantes Paulistas para «reprimir as correrias do gentio no sertão baiano». A expedição teve no comando 2 sertanistas do Partido dos Camargos, Domingos Barbosa Calheiros e Fernando de Camargo. Chegou à cidade de Salvador em outubro de 1658, encetando a campanha que teve desastroso efeito. Enquanto isso em São Paulo havia recrudescido a luta entre as duas famosas Famílias dos Pires e dos Camargos, e o Governador-Geral, sem poder se deslocar à Capitania, incumbiu da paz o Ouvidor Geral da Repartição do Sul, Pedro de Mustre Portugal. Estando os 2 Partidos exaustos, este conseguiu fazer assinar a paz em 1 de janeiro de 1660.[carece de fontes?]

Heróis da Pátria

A Lei nº 12.701, de 6 de agosto de 2012 determinou que o nome de Francisco Barreto de Meneses fosse inscrito no "Livro de Heróis da Pátria" (conhecido como "Livro de Aço"), depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, um cenotáfio que homenageia os heróis nacionais localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Falta apenas o respectivo cunhamento do nome no Livro.

Ver também

Referências

  1. Francisco Barreto de Menezes, Infopédia
  2. Cavalaria do exército do Alentejo em Junho de 1644, Guerra da Restauração, 9 de Setembro de 2009, Fonte: ANTT, Conselho de Guerra, Consultas, 1644, mç. 4-A, nº 264

Bibliografia

  • CALMON, Pedro - Francisco Barreto / Restaurador de Pernambuco / por / ... / Agência Geral Das Colônias / Lisboa MCMXL (1940). Pequeno estudo sobre a acção de Francisco Barreto em Pernambuco, quando da expulsão dos holandeses do Brasil. Durante o período Filipino, as províncias ultramarinas portuguesas foram palco de rapina por parte de potências estrangeiras. Quando Portugal recuperou a sua independência, houve um esforço muito grande para recuperar os territórios ocupados, nomeadamente o Brasil.

Ligações externas

  • Francisco Barreto de Menezes Militar português, E-biografias
  • A correspondência administrativa do governador-geral Francisco Barreto de Meneses (1657-1663), Caroline Garcia Mendes, Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011
  • O governador-geral Francisco Barreto de Meneses (1657-1663): trajetória, relações e correspondência nos arquivos portugueses, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas, SP, Brasil, 1 de abril de 2012 - 31 de maio de 2012

Precedido por
Lourenço Pires de Távora

Governador de São Tomé e Príncipe

1632
Sucedido por
Lourenço Pires de Távora
Precedido por
?
Governador de Pernambuco
1654 — 1657
Sucedido por
André Vidal de Negreiros
Precedido por
Jerónimo de Ataíde, 6.º Conde de Atouguia
Governador-geral do Brasil
1657 — 1663
Sucedido por
Vasco de Mascarenhas
  • v
  • d
  • e
Brasão da Capitania de Pernambuco (Nova Holanda)
  • v
  • d
  • e

Tomé de Sousa Duarte da Costa Mem de Sá Luís de Brito e Almeida António Salema Lourenço da Veiga Junta Governativa: Cosme Rangel de Macedo - António Barreiros Manuel Teles Barreto Junta Governativa: António Barreiros - Cristóvão de Barros - António Coelho de Aguiar • Francisco de Sousa Diogo Botelho Diogo de Meneses e Sequeira • Francisco de Sousa Gaspar de Sousa Luís de Sousa Diogo de Mendonça Furtado Matias de Albuquerque Francisco de Moura Rolim Diogo Luís de Oliveira Pedro da Silva Fernando de Mascarenhas Vasco de Mascarenhas Jorge de Mascarenhas Junta Governativa Provisória: Pedro da Silva Sampaio - Luís Barbalho Bezerra - Lourenço de Brito • António Teles da Silva António Teles de Meneses João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa Jerónimo de Ataíde Francisco Barreto de Meneses • Vasco de Mascarenhas Alexandre de Sousa Freire • Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonça Junta governativa provisória: Agostinho de Azevedo Monteiro - Álvaro de Azevedo - Antônio Guedes de Brito Roque da Costa Barreto • António de Sousa Meneses António Luís de Sousa Matias da Cunha Junta governativa: Manuel da Ressurreição - Manuel Carneiro de Sá • António Luís Coutinho da Câmara João de Lencastre Rodrigo da Costa Luís César de Meneses Lourenço de Almada Pedro de Vasconcelos e Sousa Pedro Antônio de Noronha Sancho de Faro e Sousa Junta governativa provisória: Sebastião Monteiro da Vide - Caetano de Brito e Figueiredo - João de Araújo e Azevedo • Vasco Fernandes César de Meneses André de Melo e Castro Luís Pedro Peregrino de Carvalho e Ataíde Junta governativa provisória: José Botelho de Matos - Manuel António da Cunha Souto Maior - Lourenço Monteiro • Marcos José de Noronha e Brito Antônio de Almeida Soares Portugal Junta Governativa Provisória: Tomás Rubi de Barros Barreto - Manuel de Santa Inês Ferreira - José Carvalho de Andrada - Barros e Alvim • António Álvares da Cunha António Rolim de Moura Tavares Luís de Almeida Silva Mascarenhas Luís de Vasconcelos e Sousa José Luís de Castro Fernando José de Portugal e Castro Marcos de Noronha e Brito

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