David P. Farrington

David Philip Farrington
Conhecido(a) por Estudo de Cambridge sobre Desenvolvimento da Delinquência - CSDD
Nacionalidade Inglês
Prêmios Prêmio Sellin Gleck(1984) e Prêmio Stockholm(2013)
Instituições Universidade de Pitsburgo (EUA) e de Cambridge (ING)
Campo(s) Psicologia e Criminologia

David P. Farrington é um psicólogo e criminologista britânico. Ele é professor de Psicologia Criminológica no Departamento de Criminologia na Universidade de Cambridge na Inglaterra e professor adjunto da Universidade de Pitsburgo no Estados Unidos. É amplamente conhecido por seu trabalho realizado no Estudo de Cambridge sobre Desenvolvimento da Delinquência (Cambridge Study in Delinquent Development - CSDD) na qual criou a teoria criminológica do "curso de vida" (life cycle theories), que faz parte de um modelo integrado chamado de Teoria de Farrington.

Farrington trabalha na área de desenvolvimento criminológico e, desde 1960, vem trabalhando num estudo em Cambridge sobre funcionários delinquentes. Os resultados desse estudo mostraram que as carreiras criminosas mais comuns começam sem um curso preparatório e que a idade média dos criminosos geralmente varia entre 19 e 28 anos. Das entrevistas com os sujeitos de 48 anos de idade, foi observado que em todos (mesmo nos reincidentes) as anormalidades sociais decresceram, indicando aumento da integração social.


Biografia

Vida Profissional

David Farrington cursou bacharelado, mestrado e doutorado em psicologia na Universidade de Cambridge na Inglaterra, trabalha como professor de psicologia desde 1969. Farrington é professor visitante de psiquiatria no Instituto e Clínica Ocidental de Psiquiatria da Universidade de Pitsburgo. Publicou mais de 20 livros e escreveu mais de 100 artigos em se tratando de criminologia e psicologia, e mais de 100 capítulos individuais em outros livros. Vários artigos foram escritos para a Série de Criminologia de Cambridge (Cambridge Criminology Series) e para o Periódico de Comportamento Criminal e Saúde Mental(Criminal Behavior and Mental Health), na qual ele é co-editor. Escreve ainda para várias outras revistas.

Farrington foi nomeado para várias posições de destaque: membro do Painel de Ciências na Pesquisa da Carreira Criminosa da Academia Nacional dos Estados Unidos, co-presidente do Grupo de Estudo de Delinquentes Jovens do Escritório Americano de Justiça Juvenil e Prevenção de Delinquência, presidente da Sociedade Americana de Criminologia, da Associação Europeia de Psicologia e Lei, além de outras. Também foi presidente da Sociedade Britânica de Criminologia.

Linhas de Pesquisa

CSDD

Durante sua atuação no CSDD, conduziu um dos mais longos e extensos estudos já realizados sobre delinquência juvenil e criminalidade na vida adulta. Farrington pertence ao grupo de criminologistas teóricos que possuem uma perspectiva multidimensional para explicar a raiz dos comportamentos criminosos, e que acreditam que existem vários fatores concorrentes para que isso ocorra, como o social, pessoal e econômico, e que a relevância desses fatores variam dependendo da região territorial em que esse indivíduo vive. Nos últimos anos, Farrington tem pesquisado sobre técnicas para controle de crimes, prevenção de crimes e aplicação da lei.

Reincidência

David P. Farrington propõe uma análise matemática e estatística acerca da reincidência. Primeiramente, demonstra graficamente a proporção de reincidentes contra o número de reincidências prévias. Analisando-se o gráfico abaixo, nota-se que a probabilidade de reincidência inicia-se em aproximadamente 40% a partir da primeira condenação e aumenta a cada condenação, chegando a probabilidade de 86% após 6 ou 7 condenações. Pode-se, então, traçar uma “curva de sobrevivência”. Considerando-se a premissa de que a probabilidade (p) de reincidência ao longo da vida é de 80% e utilizando-se 100 transgressores como base, tem-se a seguinte “curva de sobrevivência”, determinada pela função y(n) = 100*pˆ(n-1).[1]

Onde: A é o número total de indivíduos da amostra com pelo menos uma condenação a é a proporção de ofensores de risco elevado de reincidência p1 é a probabilidade de risco elevado de reincidência p2 é a probabilidade de risco baixo de incidência


Prêmios

  • Prêmio Sellin Gleck (Sellin Gleck Award) Farrington pela Sociedade Americana de Criminologista (1984) com o pelas suas contribuições na área da criminologia.[2]
  • Prêmio Stockholm (Stockholm Prize) em Criminologia (2013).
  • Award Outstanding do Gabinete Americano de Justiça Juvenil e Prevenção da Delinquência Contribuições (1998)
  • Prêmio Sutherland da Sociedade Americana de Criminologia (2002) por suas contribuições excepcionais para a criminologia[2]
  • Medalha de Ouro Beccaria da Sociedade de Criminologia de Países de Língua Alemã (2005)
  • Prêmio Joan McCord da Academia de Criminologia Experimental (2005) para distintas contribuições para curso de vida criminologia
  • Prêmio Mannheim Hermann do Centro Internacional de Criminologia Comparada (2005)
  • Prêmio sênior da Divisão da Sociedade de Psicologia Forense (2007) da Sociedade Britânica de Psicologia
  • Prêmio da Associação Europeia de Psicologia e Direito Award (2009) para contribuições ao longo da carreira para o estudo científico da Lei e do Comportamento Humano
  • Prêmio Jerry Lee Award da Sociedade Americana de Criminologia (2010) para realizações em criminologia experimental
  • Prêmio Robert Boruch Prêmio da Colaboração Campbell (2012) para contribuições para a pesquisa em política pública
  • Prêmio (Distinguished Scholar Award) Freda Adler da Sociedade Americana de Criminologia Divisão de Criminologia Internacional (2013)
  • Prêmio Estocolmo de Criminologia (2013)

Obras

Explaining Criminal Careers

A obra “Explaining Criminal Careers” consiste em um estudo teórico e empírico acerca da construção de uma carreira criminal, de modo a produzir profundo e abrangente conhecimento acerca do transgressor. Assim, esse conhecimento adquirido poderá ser utilizado de modo a estruturar as políticas públicas de combate ao crime de forma racional.

A obra apresenta uma série de modelos elaborado com base na capacidade matemática e estatística dos autores, apoiada em uma múltipla e larga amostra de dados relevante acerca de carreiras criminais individuais. Os modelos então criados a partir dessa análise matemática, estatística dos dados poderá ser aplicado em outros países, visto que a maioria apresenta dados acerca de condenações, prisões, entre outros dados úteis à análise. Importante estudo, portanto, para o desenvolvimento racional do sistema criminal em escala global.

O estudo considerou características comuns de transgressores, de modo a identificar padrões de comportamento. Ademais, o estudo aborda também questões relativas à racionalidade da punição, a qual leva em consideração a duração entre o início da carreira criminal e a expectativa de término da mesma, visto que não haveria sentido em se aplicar pena superior à duração residual da referida carreira.

Utilizou-se vasta base de dados dos crimes cometidos no Reino Unido acerca de carreiras criminais individuais para se obter insights analíticos. Ademais, foram captadas diferentes facetas das carreiras criminais, sendo elas a) categoria de baixo risco e baixa frequência (frequência é representada pela letra grega lâmbida ƛ) criminal; b) categoria de alto risco e baixa-ƛ; c) categoria de alto risco e alta-ƛ.

Quanto ao desenvolvimento da carreira criminal, a obra não se resumo a analisar sua duração, mas sim procuram caracterizar o processo de cessação pela probabilidade de desistência ou de completude, sendo, então, uma probabilidade de recondenação. Essa abordagem captura o declínio agregado em participação criminal sem que haja mudança na frequência criminal do transgressor. Deste modo, importante destacar que atribui-se ao declínio agregado do crime o declínio de participação do ofendido, não a diminuição por uma constante na população de ofendidos.

Ademais, analisa-se o grau de especialização ou de generalidade em uma carreira baseando-se no mix de tipos de crimes apresentado, sendo que o número de diferentes tipos de crime é representado pelo logarítimo K.

Faz-se também estimativas da fração da população de cada categoria de transgressor que será condenado, a qual se mostra impressionantemente constante pelos coortes de nascimento.

Foram realizados também estudos psicológicos, obtendo correlações entre características psicológicas e categorias de ofensores.

A partir desses estudos, traçou-se uma tendência na população carcerária, o que possibilitou uma séria de recomendações de modo a tratar o sistema criminal de forma mais eficiente. [3]


Early Prevention of adult Antisocial Behaviour

Em sua obra "Early Prevention of adult Antisocial Behaviour" David P. Farrington aborda sua prevenção precoce do comportamento antissocial no adulto, tendo como principais objetivos rever o que se sabe sobre as causas e prevenções deste comportamento. O livro destina-se a especificar conhecimento, recomendando investigação prioritária a abordar questões chaves e preencher lacunas desta área com ideais teóricos. Tendo portanto como principal objetivo desde o capítulo introdutório delinear alguns dos temas chaves, questões e perguntas que surgem na prevenção precoce do comportamento antissocial do adulto, defindo o território pela epidemiologia, tangendo uma breve revisão, desenvolvimento, identificando fatores de risco e proteção. Assim como outros teóricos do tema compartilha em sua obra a possibilidade de traçar perfil de riscos para carreira criminal por crianças de 8 a 10 anos observando itens como: conviver com famílias numerosas desprovidas de renda e moradia satisfatórias; estar rodeado por autoritarismo, negligência ou criminosos, apresentar comportamentos agressivos e/ou desonestos; constata rendimento escolar reduzido ou déficit de atenção.[4] A partir de então descreve que nos últimos trinta anos muito se aprendeu sobre os tipos de comportamento, entretanto pouco se sabe quando estes tipos estão inter relacionados, por esta razão dentre seus apontamentos o mesmo descreve claramente a ideia de existência de síndrome, conjuntos de sinais e sintomas, formadores do comportamento antissocial do adulto. Estes ainda citam que esta síndrome é referida por nomes diferente em diferentes países e diferentes classificações e sistemas como pro exemplo podendo ser nomeada por transtorno de personalidade (American phychiatric association, 1994), trastorno psicopático (English Metal Health act 1983). Neste contexto o conteúdo baseia-se em que antecipar a formação do grupo e que reconhecer os fatores de risco e suas tendências sustentam a possibilidade de intervir no processo de criminalização do individuo. [5] David P. Farrington como professor de psicologia criminal da Universidade de Cambridge pelo Instituto de Criminologia, em 2007, ainda realizou obra conjunta com Brandon C. Welsh, professor assistente do Departamento de Justiça Criminal da Universidade Massachusetts, denominada "Saving Children from a Life of Crime: Early Risk Factors and Effective", onde classifica a possibilidade de fatores de riscos precoces e possíveis intervenções eficazes. Com a justificativa de que o número de prisões aumentou consideravelmente para os infratores menores de 12 anos, e a fim e analisar este impacto econômico e social, observados nos custos envolvidos com órgãos de apoio as crianças e os próprios custos do crime, várias questões foram questionas como quanto ao funcionamento do sistema de justiça juvenil com delinquentes criança e o quão cedo é possível prever delinquência, e quais eram os sinais de alerta, foram questões discutidas por formulações teóricas em outra de suas obra "Child delinquents: development, intervention, and service needs".[6]

Bibliografia [7]

  • Understanding and Controlling Crime (2011).
  • Who Becomes Delinquent? (1973 - mit D. J. West).
  • The Delinquent Way of Life (1977 - mit D. J. West).
  • Saving Children from a Life of Crime: Early Risk Factors and Effective Interventions (2007 - mit B. C. Welsh).
  • Making Public Places Safer: Surveillance and Crime Prevention (2009 - mit B. C. Welsh).
  • Gunn, John, Farrington, David P.,Blumstein, Alfred (1982) (på Engelska). Abnormal Offenders, Delinquency and the Criminal Justice System. Chichester: Wiley,cop. Sid. 384. Libris 4970746. ISBN 0-471-28047-X
  • Rowe, David C., Farrington, David P.,Blumstein, Alfred (2001) (på Engelska). Biology and Crime. Los Angeles, CA: Roxbury. Sid. 161. Libris 6910363. ISBN 1-891487-80-9
  • Piquero, Alex R., Farrington, David P., Blumstein, Alfred (2007) (på Engelska). Key Issues in Criminal Career Research - New Analyses of the Cambridge Study in Delinquent Development. Cambridge studies in criminology. New York: Cambridge University Press. Sid. 240. Libris 10563463. ISBN 0-521-61309-4
  • Sherman, L., Farrington, D., Welsh, B. & MacKenzie, D. (2006) (på Engelska). Evidence-based crime prevention. London: Routledge. Sid. 440. Libris 10242129. ISBN 978-0-415-40102-9
  • Auty, K. M., Farrington, D. P. and Coid, J. W. (2014) Intergenerational transmission of psychopathy and mediation via psychosocial risk factors. British Journal of Psychiatry, in press.
  • Barnett, A., Blumstein, A. and Farrington, D.P. (1987) Probabilistic models of youthful criminal careers. Criminology, 25, 83-107. Reprinted in Greenberg, D. (Ed., 1996) Criminal Careers, vol. 1. Aldershot: Dartmouth (pp. 259-283).
  • Barnett, A., Blumstein, A. and Farrington, D.P. (1989) A prospective test of a criminal career model. Criminology, 27, 373-388. Reprinted in Greenberg, D. (Ed., 1996) Criminal Careers, vol. 1. Aldershot: Dartmouth (pp. 285-300), and in Bushway, S. and Weisburd, D.. (Eds., 2005) Quantitative Methods in Criminology. Aldershot: Ashgate (pp. 371-386).
  • Beaver, K. M. and Wright, J. P. (2007) A child effects explanation for the association between family risk and involvement in an antisocial lifestyle. Journal of Adolescent Research, 22, 640-664.
  • Besemer, S. (2012a) Intergenerational Transmission of Criminal and Violent Behaviour. Leiden, Netherlands: Sidestone Press.
  • Besemer, S. (2012b) Specialized versus versatile intergenerational transmission of violence: A new approach to studying intergenerational transmission from violent versus non-violent fathers: Latent class analysis. Journal of Quantitative Criminology, 28, 245-263.
  • Besemer, S. (2014) The impact of timing and frequency of parental criminal behaviour and risk factors on offspring offending. Psychology, Crime and Law, 20, 78-99.
  • Besemer, S. and Farrington, D. P. (2012) Intergenerational transmission of criminal behaviour: Conviction trajectories of fathers and their children. European Journal of Criminology, 9, 120-141.
  • Besemer, S., Farrington, D. P. and Bijleveld, C. C. J. H. (2013) Official bias in intergenerational transmission of criminal behaviour. British Journal of Criminology, 53, 438-455.
  • Besemer, S., Van der Geest, V., Murray, J., Bijleveld, C. C. J. H. and Farrington, D. P. (2011) The relationship between parental imprisonment and offspring offending in England and the Netherlands. British Journal of Criminology, 51, 413-437.
  • Blackmore, J. (1974) The relationship between self-reported delinquency and official convictions amongst adolescent boys. British Journal of Criminology, 14, 172-176.
  • Blumstein, A., Farrington, D.P. and Moitra, S. (1985) Delinquency careers: Innocents, desisters and persisters. In Tonry, M. and Morris, N. (Eds.) Crime and Justice: An Annual Review of Research, vol 6. Chicago: University of Chicago Press (pp. 187-219).
  • Bosick, S. J. (2013) Crime and the transition to adulthood: A person-centred approach. Crime and Delinquency, in press.
  • Coid, J., Yang, M., Ullrich, S., Romilly, C., Gunn, J., Moffitt, T.E. and Farrington, D.P. (2005) Childhood Antecedents of Personality Disorder and Psychopathy in

Adulthood: Findings from the Cambridge Study in Delinquent Development. Final Report to National Programme on Forensic Mental Health.

  • Farrington, D. P. (1972) Delinquency begins at home. New Society 21, 495-497. Farrington, D. P. (1973) Self-reports of deviant behaviour: Predictive and stable? Journal of Criminal Law and Criminology, 64, 99-110.
  • Farrington, D. P. (1976) The roots of delinquency. Justice of the Peace 140, 164-166.
  • Farrington, D. P. (1977a) The effects of public labelling. British Journal of Criminology 17, 112-125. Reprinted in South, N. (Ed., 1999) Youth Crime, Deviance and Delinquency, vol. 2: Empirical Studies and Comparative Perspectives. Aldershot: Dartmouth (pp. 145-158).
  • Farrington, D. P. (1977b) Young adult delinquents are socially deviant. Justice of the Peace, 141, 92-95.
  • Farrington, D. P. (1978) The family backgrounds of aggressive youths. In Hersov, L., Berger, M. and Shaffer, D. (Eds.) Aggression and Antisocial Behaviour in Childhood and Adolescence. Oxford: Pergamon (pp. 73-93).
  • Farrington, D. P. (1979) Environmental stress, delinquent behaviour and convictions. In Sarason, I.G. and Spielberger, C.D. (Eds.) Stress and Anxiety, vol. 6. Washington, D.C.: Hemisphere (pp. 93-107).
  • Farrington, D. P. (1980) Truancy, delinquency, the home and the school. In Hersov, L. and Berg, I. (Eds.) Out of School: Modern Perspectives in Truancy and School Refusal. Chichester: Wiley (pp. 49-63).
  • Farrington, D. P. (1983) Offending from 10 to 25 years of age. In van Dusen, K.T. and Mednick, S.A. (Eds.) Prospective Studies of Crime and Delinquency. Boston: Kluwer-Nijhoff (pp. 17-37).
  • Farrington, D. P. (1984) Measuring the natural history of delinquency and crime. In Glow, R.A. (Ed.) Advances in the Behavioural Measurement of Children, vol. 1. Greenwich, Connecticut: JAI Press (pp. 217-263).
  • Farrington, D. P. (1985) Predicting self-reported and official delinquency. In Farrington, D.2
  • P. and Tarling, R. (Eds.) Prediction in Criminology. Albany, N.Y.: State University of New York Press (pp. 150-173).
  • Farrington, D. P. (1986) Stepping stones to adult criminal careers. In Olweus, D., Block, J. and Yarrow, M.R. (Eds.) Development of Antisocial and Prosocial Behaviour: Research, Theories and Issues. New York: Academic Press (pp. 359-384).
  • Farrington, D. P. (1987a) Early precursors of frequent offending. In Wilson, J.Q. and Loury, G.C. (Eds.) From Children to Citizens, vol. 3: Families, Schools, and Delinquency Prevention. New York: Springer-Verlag (pp. 27-50).
  • Farrington, D. P. (1987b) Implications of biological findings for criminological research. In Mednick, S.A., Moffitt, T.E. and Stack, S.A. (Eds.) The Causes of Crime: New Biological Approaches. Cambridge: Cambridge University Press (pp. 42-64).
  • Farrington, D. P. (1989a) Early predictors of adolescent aggression and adult violence. Violence and Victims, 4, 79-100.
  • Farrington, D. P. (1989b) Later adult life outcomes of offenders and non-offenders. In Brambring, M., Losel, F., and Skowronek, H. (Eds.) Children at Risk: Assessment, Longitudinal Research, and Intervention. Berlin: De Gruyter (pp. 220-244).
  • Farrington, D. P. (1989c) Long-term prediction of offending and other life outcomes. In Wegener, H., Losel, F. and Haisch, J. (Eds.) Criminal Behaviour and the Justice System: Psychological Perspectives. New York: Springer-Verlag (pp. 26-39).
  • Farrington, D. P. (1989d) Self-reported and official offending from adolescence to adulthood. In Klein, M.W. (Ed.) Cross-National Research in Self-Reported Crime and Delinquency. Dordrecht, Netherlands: Kluwer (pp. 399-423).
  • Farrington, D. P. (1989e) The origins of crime: The Cambridge Study in Delinquent Development. Home Office Research Bulletin, 27, 29-32.
  • Farrington, D. P. (1990a) Age, period, cohort, and offending. In Gottfredson, D.M. and Clarke, R.V. (Eds.) Policy and Theory in Criminal Justice: Contributions in Honour of Leslie T. Wilkins. Aldershot: Gower (pp. 51-75).
  • Farrington, D. P. (1990b) Implications of criminal career research for the prevention of offending. Journal of Adolescence, 13, 93-113.
  • Farrington, D. P. (1991a) Antisocial personality from childhood to adulthood. The Psychologist, 4, 389-394.
  • Farrington, D. P. (1991b) Childhood aggression and adult violence: Early precursors and later life outcomes. In Pepler, D.J. and Rubin, K.H. (Eds.) The Development and Treatment of Childhood Aggression. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum (pp. 5-29).
  • Farrington, D. P. (1992a) Criminal career research in the United Kingdom. British Journal of Criminology, 32, 521-536.
  • Farrington, D. P. (1992b) Explaining the beginning, progress and ending of antisocial behaviour from birth to adulthood. In McCord, J. (Ed.) Facts, Frameworks and Forecasts: Advances in Criminological Theory, vol. 3. New Brunswick, N.J.: Transaction (pp. 253-286).
  • Farrington, D. P. (1992c) Juvenile delinquency. In Coleman, J.C. (Ed.) The School Years (2nd ed.). London: Routledge (pp. 123-163).
  • Farrington, D. P. (1993a) Childhood origins of teenage antisocial behaviour and adult social dysfunction. Journal of the Royal Society of Medicine, 86, 13-17. Reprinted in Messer, D. and Dockrell, J. (Eds., 1998) Developmental Psychology: A Reader (pp. 347-355). London: Arnold.
  • Farrington, D. P. (1993b) Understanding and preventing bullying. In Tonry, M. (Ed.) Crime and Justice, vol. 17. Chicago: University of Chicago Press (pp. 381-458).
  • Farrington, D. P. (1994a) Childhood, adolescent and adult features of violent males. In Huesmann, L.R. (Ed.) Aggressive Behaviour: Current Perspectives. New York: Plenum (pp. 215-240).
  • Farrington, D. P. (1994b) Interactions between individual and contextual factors in the development of offending. In Silbereisen, R.K. and Todt, E. (Eds.) Adolescence in Context: The Interplay of Family, School, Peers and Work in Adjustment. New York: Springer-Verlag (pp. 366-389).
  • Farrington, D. P. (1995a) Crime and physical health: Illnesses, injuries, accidents and offending in the Cambridge Study. Criminal Behaviour and Mental Health, 5, 261-278.
  • Farrington, D. P. (1995b) Stabilitat und pradiktion von aggressivem verhalten (Stability and prediction of violent behaviour). Gruppendynamik, 26, 23-40.
  • Farrington, D. P. (1995c) The development of offending and antisocial behaviour from childhood: Key findings from the Cambridge Study in Delinquent Development. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 36, 929-964.
  • Farrington, D. P. (1996a) Later life outcomes of truants in the Cambridge Study. In Berg, I. and Nursten, J. (Eds.) Unwillingly to School (4th ed.). London: Gaskell (pp. 96-118).
  • Farrington, D. P. (1996b) Psychosocial influences on the development of antisocial personality. In Davies, G., Lloyd-Bostock, S., McMurran, M. and Wilson, C. (Eds.) Psychology, Law and Criminal Justice: International Developments in Research and Practice. Berlin: de Gruyter (pp. 424-444).
  • Farrington, D. P. (1996c) The childhood origins of crime: The Cambridge Study, 1961-96. Cambridge: The Magazine of the Cambridge Society, 38, 15-18.
  • Farrington, D. P. (1997a) Early prediction of violent and non-violent youthful offending. European Journal on Criminal Policy and Research, 5 (2), 51-66.
  • Farrington, D. P. (1998a) Predictors, causes and correlates of male youth violence. In Tonry, M. and Moore, M.H. (Eds.) Youth Violence (Crime and Justice, vol. 24). Chicago: University of Chicago Press (pp. 421-475).
  • Farrington, D. P. (1998b) O desenvolvimento do comportamento anti-social e ofensivo desde a infancia ate a idade adulta. (The development of offending and antisocial behaviour from childhood to adulthood). Temas Penitenciarios, series II, 1, 7-16. Partly reprinted (in English) in: Cordella, P. and Siegel, L. (1996, Eds.) Readings in Contemporary Criminological Theory. Boston: Northeastern University Press (pp. 107-120).
  • Farrington, D. P. (1999) Predicting persistent young offenders. In McDowell, G.L. and Smith, J.S. (Eds.) Juvenile Delinquency in the United States and the United Kingdom. London: Macmillan (pp. 3-21).
  • Farrington, D. P. (2000a) Adolescent violence: Findings and implications from the Cambridge Study. In Boswell, G. (Ed.) Violent Children and Adolescents: Asking the Question Why. London: Whurr (pp. 19-35).
  • Farrington, D. P. (2000b) Psychosocial predictors of adult antisocial personality and adult convictions. Behavioural Sciences and the Law, 18, 605-622.
  • Farrington, D. P. (2001a) Predicting adult official and self-reported violence. In Pinard, G-F. and Pagani, L. (Eds.) Clinical Assessment of Dangerousness: Empirical Contributions. Cambridge: Cambridge University Press (pp. 66-88).
  • Farrington, D. P. (2001b) Cross-national comparative studies in criminology. In Pontell, H.N. and Shichor, D. (Eds.) Contemporary Issues in Crime and Criminal Justice: Essays in Honour of Gilbert Geis. Upper Saddle River, N.J.: Prentice-Hall (pp. 307-320).
  • Farrington, D. P. (2002) Multiple risk factors for multiple problem violent boys. In Corrado, R.R., Roesch, R., Hart, S.D. and Gierowski, J.K. (Eds.) Multi-Problem Violent Youth: A Foundation for Comparative Research on Needs, Interventions, and Outcomes. Amsterdam: IOS Press (pp. 23-34).
  • Farrington, D. P. (2003) Key results from the first 40 years of the Cambridge Study in Delinquent development. In Thornberry, T.P. and Krohn, M.D. (Eds.) Taking Stock of Delinquency: An Overview of Findings from Contemporary Longitudinal Studies. New York: Kluwer/Plenum (pp. 137-183).

Referências

  1. MACLEOD, J., GROVE, P., FARRINGTON, D., Explaining Criminal Careers. Oxford: Oxford University Press, 2012, p. 26 - 40
  2. a b http://www.asc41.com/
  3. MACLEOD, J., GROVE, P., FARRINGTON, D., Explaining Criminal Careers. Oxford: Oxford University Press, 2012
  4. Rolf Loeber,David P. Farrington. Child Delinquents: Development, Intervention, and Service Needs (2001).
  5. David P. Farrington, Jeremy W. Coid.Early Prevention of Adult Antisocial Behaviour (2003)
  6. David P. Farrington, Brandon Welsh. Saving Children from a Life of Crime: Early Risk Factors and Effective Interventions. Oxford University Press (2007).
  7. «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 1 de novembro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 1 de novembro de 2014 

Ligações externas

  • Página Profissional na Universidade de Pittsburgh
  • Publications from the Cambridge Study