Concílio de Selêucia-Ctesifonte

 Nota: Para o concílio realizado em 359, veja Concílio de Selêucia.
Arco de Ctesifonte

O Concílio de Selêucia-Ctesifonte, também chamado de Concílio de Mar Isaque, se reuniu em 410 em Selêucia-Ctesifonte, a capital do Império Sassânida da Pérsia. Ele reconheceu oficialmente a comunidade cristã do império, conhecida como Igreja do Oriente, e estabeleceu o bispo de Selêucia-Ctesifonte como seu católico, ou líder. O concílio é um grande marco na história da Igreja do Oriente e do cristianismo na Ásia de forma geral.

Após o Primeiro Concílio de Éfeso (431), que condenou o nestorianismo, a Igreja do Oriente se separou do grupo majoritário do cristianismo no que ficou conhecido como cisma nestoriano.

História

O concílio foi convocado por Mar Isaque, o bispo de Selêucia-Ctesifonte, e que seria então declarado o primado da Igreja Sassânida, confirmando-o como católico e arcebispo de todo o oriente. A decisão foi importante, pois os cristãos do Império Sassânida, até aquele momento, estavam muito desorganizados e sofriam perseguições. O zoroastrismo era a principal religião do império.

Em 409, o Isdigerdes I (r. 399–420), de fé zoroástrica, concedeu a permissão para que os cristãos praticassem sua fé, permitindo-lhes que realizassem suas cerimônias publicamente e reconstruíssem seus templos. Eles, contudo, continuaram proibidos de pregar aos não fiéis[1].

O sínodo também declarou a aderência da Igreja do Oriente às decisões do Primeiro Concílio de Niceia e subscreveu o credo niceno.

Ver também

Referências

  1. Wigram, W. A. (2004). An introduction to the history of the Assyrian Church, or, The Church of the Sassanid Persian Empire, 100–640 A.D (em inglês). [S.l.]: Gorgias Press. p. 89. ISBN 1593331037