Anatomia equina

A anatomia equina refere-se à descrição de todo organismo da família dos equinos e de outros equídeos. A anatomia desses animais é muito semelhante, porém, encontram-se diferentes nomenclaturas de estruturas e aspectos entre eles, podendo existir termos específicos para algumas espécies.

Esqueleto

Secção transversal de uma cabeça de cavalo em exposição no MAV/USP.

O esqueleto tem como funções: sustentação, reserva de minerais, locomoção, proteção de órgãos vitais e Hematopoiese (produção de células sanguíneas). É dividido em axial, apendicular e esplâncnico ou visceral.

  • O esqueleto axial é composto da coluna vertebral, costelas, esterno, e crânio;
  • O apendicular inclui os ossos dos membros.
  • O esplâncnico ou visceral consiste de ossos desenvolvidos na substância de algumas das vísceras ou órgãos moles, como exemplo: osso peniano no cão e o osso do coração no boi e carneiro.[1]

Os ossos são ligados aos músculos por tendões e outros ligamentos. Podem ser classificados quanto à forma:

  • Osso longo, exemplos: fêmur e úmero
  • Osso curto, exemplo: carpo
  • Osso plano, exemplo: escápula
  • Osso alongado, exemplo: costelas

Os ossos do equino são similares aos de outras espécies domésticas, porém o terceiro metacarpo e metatarso são bem mais desenvolvidos e o segundo e o quarto são pouco desenvolvidos, não tendo o primeiro e o quinto metacarpo e metatarso.[2]

O esqueleto do equino consta de 205 ossos, como se indica na tabela a seguir:

Coluna Vertebral 54
Costelas 36
Esterno 01
Cabeça (incluindo ossículos do ouvido) 34
Membros torácicos 40
Membros Pélvicos 40

Coluna Vertebral

A fórmula vertebral do equino é C7 T18 L6 S5 Ca15-21. Representando assim: 7 vértebras cervicais, 18 torácicas, 6 lombares, 5 sacrais e de 15 a 21 caudais.

Os processos espinhosos encontrados na linha média dorsal, são cristas baixas na região cervical, a exceção da segunda e da sétima vértebras. Atingem o máximo de altura na quarta e quinta vértebra torácica, e diminuem até a décima quinta ou décima sexta torácicas.

O canal vertebral atravessa a coluna vertebral apresentando curvaturas que correspondem às dos corpos vertebrais, variando seu diâmetro em diversos pontos. Seu maior diâmetro esta no atlas e é reduzido no áxis. Alarga-se consideravelmente na junção das regiões cervicais e torácicas para acomodar o alargamento cervical da medula espinhal. O Canal vertebral estreita-se mais ao meio da região torácica do que em qualquer dos pontos anteriores, isto esta correlacionado ao tamanho reduzido da medula espinhal e aos movimentos limitados da coluna nesta região. Na metade da coluna lombar o canal se amplia novamente para acomodar o alargamento lombar da medula espinhal. Já no sacro o canal diminui e deixa de ser completo na quarta vértebra caudal.[1]

Galeria

  • Testículos de equino após a técnica de vinilite e corrosão.
    Testículos de equino após a técnica de vinilite e corrosão.
  • Colón equino. Em exposição no MAV/USP.
    Colón equino. Em exposição no MAV/USP.
  • Artefato que apresenta os músculos da cabeça de equino. Em exposição no MAV/USP.
    Artefato que apresenta os músculos da cabeça de equino. Em exposição no MAV/USP.
  • Rins e artéria renal dupla de equino RSD.
    Rins e artéria renal dupla de equino RSD.
  • Estômago equino. Em exposição no MAV/USP.
    Estômago equino. Em exposição no MAV/USP.
  • Rim equino (corte longitudinal)
    Rim equino (corte longitudinal)

Referências

  1. a b SISSON/GROSSMAN.Anatomia dos animais domésticos:Osteologia Equina, cap.15, vol.I, ed. 5ª, , pag.233, guanabara koogan 1986.
  2. Riegal, Ronald J. DVM, and Susan E. Hakola RN. Illustrated Atlas of Clinical Equine Anatomy and Common Disorders of the Horse Vol. II. Equistar Publication, Limited. Marysville, OH. Copyright 2000.

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